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sábado, 4 de fevereiro de 2012

3 mil famílias de quilombolas no RS


Correio do povo - PORTO ALEGRE, SÁBADO, 4 DE FEVEREIRO DE 2012

Comunidade quilombola da Família Silva, localizada no bairro nobre de Três Figueiras, em Porto Alegre<br /><b>Crédito: </b> PAULO NUNES
Comunidade quilombola da Família Silva, localizada no bairro nobre de Três Figueiras, em Porto Alegre
Crédito: PAULO NUNES
Enquanto tentam vencer o preconceito e superar as barreiras da desigualdade, pelo menos 3,807 mil famílias vivem como quilombolas no Estado. Conforme dados da Secretaria da Justiça e dos Direitos Humanos, no Estado há 174 territórios de descendentes de escravos.

A realidade dessas comunidades, porém, está longe de ser digna. Segundo o advogado da Frente Nacional dos Quilombolas, Onir Araújo, a maioria dos negros vive à margem da sociedade e sem respaldo governamental necessário. "Há quem pense que lutamos apenas por um pedaço de terra, mas é bem mais que isso, queremos dignidade, valorização da nossa identidade" diz.

Araújo relata que a sociedade tem um dívida histórica com a população afrodescendente, mas a falta de políticas públicas efetivas ainda deixa os negros no esquecimento. "A ausência de saneamento, auxílio na agricultura, suporte na estrutura é perceptível para quem quiser ver", resume o advogado, enquanto destaca que são poucos os descendentes de alforriados que conseguem se sobressair socialmente.

Apenas três áreas detêm o título de propriedade das fazendas onde os antepassados trabalharam: Casca (Mostardas), Família Silva (Porto Alegre), e Chácara das Rosas (Canoas), mas, segundo Sandra Maciel, coordenadora estadual das Políticas de Igualdade Racial ainda há muito para ser feito. "Realizamos ações nas comunidades, mutirões de atendimentos, auxílio rural. A partir de março, com o governo federal, implantaremos o Brasil Quilombola no Estado", diz Sandra. O programa dará acesso aos serviços sociais.

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